Hoje em dia há cada vez mais pessoas a comprarem músicas e álbuns completos online. Na minha opinião, e como audiófilo assumido, a qualidade oferecida por alguns destes serviços deixam um pouco a desejar: MP3 ou AAC a 128Kbps?! No caso da Apple já oferece suporte para o Apple Lossless no iTunes, é um formato proprietário e não é sequer utilizado como opção de compra nas musicas.
Já o formato FLAC (Free Lossless Audio Codec) tornou-se popular entre proprietários de CDs que desejam preservar as colecções de musica, e mais recentemente com a disponibilidade de banda larga, trafego ilimitado e o Gigabyte ao “preço da chuva”, levou os piratas a difundirem álbuns musicais neste formato através dos Torrents.
Em Janeiro de 2003, Josh Coalson desenvolveu um codec de compressão de áudio sem perda de dados. O FLAC é um formato de código livre gratuito e ao contrário dos habituais codecs com perda de qualidade (MP3, Ogg Vorbis ou o AAC), o FLAC não remove qualquer informação do fluxo de áudio, mantendo a qualidade do som.
O FLAC foi criado para comportar eficientemente os dados de áudio. A tecnologia é diferente dos habituais algoritmos gerais de compressão sem perda, como ZIP e GZip. Enquanto o ZIP ou o RAR comprimem ficheiros de áudio com qualidade de CD entre 10% a 20%, com FLAC podemos alcançar taxas de compressão que variam entre 30% e 50%.
Já os codecs com perda de dados, como o MP3 ou o AAC podem alcançar taxas de compressão de 80% ou mais, descartando dados do stream original. As vantagens técnicas do FLAC comparado a outros codecs sem perda, residem na sua habilidade de streaming e num rápido tempo de descodificação, independentemente do nível de compressão.
Uma gravação de ficheiros através de um CUE + FLAC para um CD garante uma réplica fiel ao original. O ficheiro CUE permite a gravação de um CD de áudio idêntico ao original, incluindo ordem das faixas, Pregaps e CD-Text